Desculpem, mas ainda estou em estado de choque. Acabo de receber dos jornalistas e companheiros Raul Machado e Bob Sharp uma triste notícia: Fábio Steinbruch, colega e colaborador, faleceu em um fatídico acidente de moto em São Paulo domingo à noite.
Segundo seu grande amigo, Bob Sharp, Fábio vivia seu melhor momento. Era jovem, saudável e estava feliz. Essa felicidade que nos dá encontrar nossa meia laranja, que no caso do Fábio, foi a Fabiane.
Apesar de só ter 51 anos, seu currículo era quilométrico: autor de livros sobre a indústria automobilística, alfista (nome dado, a partir da década de 1930, aos fanáticos da Alfa Romeo), piloto - segundo o Flávio Gomes participava de corridas em um Dodginho... O Fábio também era colecionador de automóveis; na realidade, o seu acervo de automóveis nacionais é considerado o maior do Brasil. E foi precisamente isso que me fez começar a colaborar com o Fábio e o Bob Sharp.
O Fábio e o Bob estavam emocionados de fazer uma obra sobre os automóveis que apaixonaram um país, do Oiapoque ao Chuí. A obra foi batizada, como não poderia ser de outra forma, Carros Inesquecíveis do Brasil.
Essa primeira colaboração, que já augurava novos e emocionantes projetos, foi truncada por uma moto, uma estrada e o destino. Um destino que nos deixa órfãos de uma boa pessoa, de um bom marido, de um bom amigo.
Para os que ficamos - e para minimizar a tristeza -, só nos resta pensar que o Fábio estará dirigindo um dos seus fantásticos automóveis em uma estrada perfeita, com curvas perfeitas, pisando fundo e ouvindo o ronco de um V8... de um Alfa Romeu, claro!
(1961-2012)
