Um tema que ainda vai causar muita polémica é a utilização de scanners corporais nos aeroportos. Até que ponto a nossa intimidade pode ser invadida em nome de uma segurança que, já ficou patente em diversas ocasiões, ser questionável, inexistente ou pouco eficiente? É a segurança uma maneira de ter os cidadãos do mundo controlados por seus governos? Existe realmente alguém capaz de afirmar que o sistema utilizado não vai afectar, num futuro, a nossa saúde? Apesar de ainda causar tanta controvérsia, o uso contínuo de scanners pode afectar seriamente a nossa saúde, e se especula que há um risco elevado de desenvolvimento de patologias como o câncer ao submeter uma pessoa a uma exposição sistemática e repetitiva de raio-X. Para algumas associações, o uso excessivo de radiografias e tomografias pode provocar câncer e esterilidade dado que a radiação que o corpo recebe não é eliminada.
Quem confia, depois de tantos erros, escândalos e omissões, na administração pública? Quem não deixou de consumir ou reduziu o consumo de carne bovina aquando do brote das vacas loucas? Quem não pensou, ao menos por um minuto, que os serviços de inteligência estado-unidense estavam não só informados como implicados no atentado do 11 de Setembro? Quem pode com total segurança afirmar que as autoridades de um país, qualquer que seja ele, não seriam capazes de camuflar uma situação, falsificando dados oficiais, com tal de controlar ou beneficiar funcionários, empresas, ou a própria administração?
Eu não sei vocês, mas estou pensando seriamente, se for aprovada a utilização de scanners corporais nos aeroportos, passar a viajar de carro.
Leitura sugerida
Artigo publicado no Clarín por Carlos Galván e Oscar Finkeinstein, em Abril de 2008:
http://www.clarin.com/diario/2008/04/11/sociedad/s-03015.htm
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