sexta-feira, 30 de julho de 2010

PARA O MEU HERÓI

"Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã"

O tempo passa e inevitavelmente crescemos.
Pouco a pouco descobrimos que aqueles heróis, que nos ensinaram a andar em bici, que nos ajudaram a melhorar aquela nota baixa, que nos resgataram de um amor não correspondido, ou nos fizeram acreditar a pulso que somos maravilhosos e podemos conseguir tudo o que sempre sonhamos, não estão acartonados nas páginas de um gibi.
Crescemos com eles, e juntos aprendemos e também erramos. Às vezes juntos, às vezes separados...
À medida que o tempo passa, suas histórias passam a fazer parte também da nossa caminhada. Seus sorrisos ficam retidos na nossa memória, do mesmo modo que cada abraço, cada carícia, cada palavra de ânimo.
Todas as lágrimas que não vimos, toda a dor que nunca soubemos como abreviar, cada ruga que muitas vezes não chegamos a apreciar fazem parte de um passado impossível de recuperar.
Então nos olhamos no espelho, e vemos nossos cabelos brancos, rugas no nosso rosto e percebemos que nossos heróis eram humanos e seus superpoderes nada mais eram que amor.
Como muitos já disseram, hoje sou eu, a escrever essas mal-traçadas linhas, para dizer "obrigada por você existir. Amo você".

Da sua filha, e sua maior
FELIZ ANIVERSÁRIO

domingo, 11 de julho de 2010

¿Seguro que fue la selección española?



Hago mías las palabras del editorial de hoy de El País:

"Y ese triunfo que nos permite hablar de una España Fútbol Club tiene un indiscutible copyright cuyo origen hay que buscar en los locales de La Masía de Barcelona y del Barcelona. Una inspiración que un día se llamó Cruyff -holandés, precisamente-, hoy Guardiola, y que tiene como fuerza de choque a Iniesta, Puyol, Xavi, Piqué, Busquets, Pedrito y al recién encuadrado, Villa."

Lo siento por los más patrióticos, no ha sido una selección española la que ganó el mundial, pero la selección catalana! ¿Qué haréis ahora con vuestro odio por Cataluña?

domingo, 4 de julho de 2010

QUE PAÍS É ESSE?

Hoje, escrevi uma carta a uma amiga muito querida que, entre outras coisas, me falava da tristeza pela saída da nossa seleção da Copa. Eu fiquei ainda mais triste, mas pela permanência de Espanha. E antes que alguém me tache de anti-espanholista, ou de pro-catalanista... defendo-me. Em momentos de crise, profunda e preocupante, como a que vivimos no país ibérico, o melhor remédio a todos os males, não é a diversão, mas o trabalho, duro e contínuo... até que possamos ver a luz no fim do túnel. Do contrário, é possível que seja um túnel tão longo que não saibamos sair dele nunca.

Por isso, a minha resposta foi essa... Aviso: não apta para ufanistas descerebrados, incondicionais e irracionais...


Queridos aniversariantes julianos!

Primeiro beijos e muitas felicidades não só em Julho, mas também em Agosto, Setembro, Outubro... e em todos os meses e anos que virão.

Quanto ao futebol, torci mesmo para a Espanha perder. É engraçado como enquanto uns países despontam, como o Brasil, a China e até a Índia, outros estão em areias movediças e nem se dão conta. Esse é o caso da Espanha. Aqui as pessoas continuam a viver por cima das suas possibilidades, o governo continua incentivando atividades nada produtivas, como a construção ou a indústria automobilística. O país está quebrado, sem dinheiro, e o único que temos notícias diariamente é da corrupção em todos os partidos, com todos os representantes políticos envolvidos, o que nos deixa sem qualquer opção política agora mesmo.

Eu torço para que Espanha se despeça do mundial... porque se a zebra for espanhola... ópio do povo é pouco. Se a seleção ganhar, se antes já nada se fazia, depois será nada ao cubo.

Enquanto em outros países (Reino Unido, Alemanha) os recortes foram bem-recebidos pela população como única alternativa para sair da crise, em Espanha sindicatos, funcionários públicos, transportistas e médicos fazem greves gerais porque não aceitam os recortes de entre 3% e 5% nos seus salários. Em Portugal, até a oposição se uniu ao governo para apoiá-lo e para devolver o rumo e o crescimento ao país.

Durante anos ouvimos que o Brasil era o país do carnaval, da indolência, do ópio... Que no país tropical, abençoado por Deus, ninguém trabalhava e todo mundo vivia do conto. Senhores, os tempos mudam. O gigante adormecido despertou, e pese a erros do passado que se seguem cometendo (a corrupção é a grande lacra da humanidade em todo o planeta), deixou de ter futuro para realmente ser o país do futuro.

Infelizmente parece que enquanto uns sobrem, outros descem, como a popularidade das estrelas nas pesquisas ou nas crônicas sociais.

Espanha desceu. Só pensa em futebol, ópio, festas populares, em conseguir mais que o que tem o vizinho, sem fazer esforço, sem luta, sem sacrifício. Caiu na tentação de achar que o que se consegue fácil perdura. Ao país se critica nas mesas de bar, tomando uma cerveja e comendo um peixinho frito. A alguém lhe é familiar isso? Pois a modernidade e a civilização começam a empreender uma viagem para longe do seu berço, e não é difícil ver o futuro que os espera, tendo ainda presente o nosso passado.

Se Renato Russo levantasse cabeça, definitivamente estaria orgulhoso!

Enfim. Beijos e imensas saudades e espero que breve nos voltemos a ver, aqui, aí, ou em terras lusitanas... é sempre bom voltar às origens... às nossas, é claro!


quinta-feira, 1 de julho de 2010

¡PIENSE ANTES DE VOTAR!


Piense bien, pero que muy bien antes de decidir a quien darás tu voto. Propuestas de mejora económica con base en la discriminación no son una opción en el mundo actual. No lo han sido nunca, pero menos aún hoy en día.

¿Cuántos de nosotros no somos herederos de culturas lejanas, no consumimos productos importados, no escuchamos música extranjera, no viajamos a otros países por vacaciones, no tenemos ídolos de otro color, lengua, religión...? ¿Cuántos no tenemos familia viviendo en otros países, trabajando en otros países, contribuyendo al desarrollo económico, social y cultural de otras naciones?

Nosotros somos multiculturales, vivimos en una sociedad multicultural, vivimos una vida multicultural... El respecto e, incluso, el amor a lo diferente es lo que nos hace mejores personas.

Me encanta saber que mis antepasados, al igual que yo, han emprendido un viaje más allá de su ciudad natal. Y lo que soy es fruto de esa mistura maravillosa, de todas esas culturas que hablan portugués de Rio de Janeiro y de Trás-os-Montes, español de Andalucía, un italiano lejísimos y un tupí-guaraní que algún día pienso estudiar...

Amo la música afro, la erudita, la pop, amo el arte, amo los pretos, los blancos, los indios, los altos, los bajos, los magros, los gordos, los calvos, los melenudos... amo mi gente, de cualquier lugar, de cualquier edad, de cualquier creencia.

¡Yo soy del mundo!