sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Tempo Não Para



Abrir o jornal hoje significa surpreender-se. E não positivamente. O sistema de saúde na maioria dos países está colapsado. O ensino perde adeptos, ou seja, alunos, e cada vez mais o fantasma do fracasso escolar é parte da nossa sociedade. O desemprego está aí, no rosto de algum conhecido, familiar, amigo.

A sociedade muda a um ritmo vertiginoso... Ou somos nós que mudamos, ávidos de interesses que duram apenas alguns segundos... Somos bombardeados por carros maravilhosos, fragrâncias únicas e roupas exclusivas que não deixam de reclamar a nossa atenção e despertar os nossos frívolos sonhos de consumo.

Nesse entorno tão hollywoodiano quem pensa no tempo que passa, na velhice que chega - apesar de que continuamos achando que seremos eternamente jovens -, no tempo que perdemos com coisas insignificantes?

Assumimos tantos compromissos que já não há tempo para a família, para sermos solidários, amigos, companheiros, para desfrutar do nosso entorno e reter cada momento que conta na nossa caminhada.

Quantos de nós não tivemos tempo para dar um beijo ou um abraço, ou para dizer o importante que alguém é para nós. Esse beijo, abraço ou "amo você" é a diferença entre um sorriso e o esquecimento no rosto das pessoas que amamos, que deveríamos mimar e cultivar.

Mas há tanto o que fazer, dinheiro que ganhar, carros que comprar, presentes - que já chega o Natal -... Que o amor terá que esperar um pouquinho mais. Talvez quando passem as Festas, ou na Semana Santa... Até lá temos tempo...

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